Desde
criança, os castelos habitam meus sonhos. Um amigo de um amigo contou que seus
pais, uma vez, na França, dormiram num castelo. Achei lindo demais. Mas não
imaginei que isso aconteceria com a gente, de surpresa, tão rápido.
Quando
estivemos em Agrigento, na Sicília, Itália, num pequeno e charmoso hotel no
Vale dos Templos, conhecemos uma rede de hotéis chamada Small Luxury Hotels. A partir
dela, chegamos a outra rede hoteleira, com o mesmo conceito de hotéis cheios de
charme, a Grandes Etapes Françaises.
Criada em 1957, a Grandes Etapes
Françaises tem 10 residências de charme, no coração das mais bonitas
regiões turísticas francesas. Em comum, além das mais bonitas paisagens
francesas, os hotéis têm serviços com ótima qualidade e uma preservação
histórica, arquitetônica e cultural.
Reservamos
o hotel pela internet e quando chegamos lá, puxa, não deu para acreditar, era
um castelo!
No Chateau
D’Isenbourg, nos sentimos no castelo de um povoado medieval. Numa época
longínqua, com uvas ao redor e o vinho da própria propriedade.
Por
isso mesmo, eu estava ansiosa pelo primeiro jantar no restaurante do hotel.
Escolhemos um dos menus e, em seguida, começaram a desfilar pequenos e
saborosos pratos feitos com ingredientes do lugar.
O
primeiro prato foi esse copinho aí, com camarão e saladinhas. Uma verdadeira
delícia.
Em
seguida, uma sopa fria incrível de aspargos com um salmão defumado que era puro
sabor.
Então,
chegou a hora do vinho: escolhemos o típico vinho da Alsácia, o Riesling. Da
casa, claro, que queríamos sentir o terroir daquele lugar, que possuía mais de
5 hectares de vinhedos.
Historicamente,
a uva Riesling é melhor produzida na Alemanha, mas a região da Alsácia, na França,
onde estávamos, é a segunda melhor produtora.
O aroma
do branco riesling Chateau Isenbourg era de flores brancas. Na boca, ficou
aquele sabor de melão, com notas florais, que o aroma tinha prometido. Um
espetáculo.
Para o
menu, com pratos principais de carne vermelha, até seria mais indicado um vinho
tinto, mas a região era de brancos e ignoramos a etiqueta. Gosto de sentir o
sabor do lugar, da terra. Para mim, essa é a melhor harmonização.
No
próximo prato, filé com creme de parmesão e, em seguida, vitela com presunto de Parma, ervilhas (acho fofo chamar
de petits pois), com nhoque.
Quando
parecia que nem a sobremesa eu conseguiria provar, encaro um prato cheio de
queijos, desde os mais frescos até os envelhecidos lindamente.
Os
franceses costumam comer queijos entre a refeição e a sobremesa. Sem noção da
coisa, achei que a tábua era apenas uma para a mesa e não individual e pedi vários
queijos duplos, como o Brie e o Cammembert. Imagina a minha cara quando o
garçom retira outra tábua e pede para o meu marido escolher seus queijos! Aqui
você pode ver a minha só minha pequena tábua.
Finalmente,
provando que meu estômago estava em modo elástico, ainda provei e adorei a
sobremesa: sorvete, mousse de côco e ruibarbo cristalizado!
Voltamos
para o quarto no castelo. E dormimos, satisfeitos, assim, com o rei na barriga.
CHÂTEAU
D'ISENBOURG
Nenhum comentário:
Postar um comentário