sábado, 13 de outubro de 2012

No reino da Alsácia


Desde criança, os castelos habitam meus sonhos. Um amigo de um amigo contou que seus pais, uma vez, na França, dormiram num castelo. Achei lindo demais. Mas não imaginei que isso aconteceria com a gente, de surpresa, tão rápido.

Quando estivemos em Agrigento, na Sicília, Itália, num pequeno e charmoso hotel no Vale dos Templos, conhecemos uma rede de hotéis chamada Small Luxury Hotels. A partir dela, chegamos a outra rede hoteleira, com o mesmo conceito de hotéis cheios de charme, a Grandes Etapes Françaises.



Criada em 1957, a Grandes Etapes Françaises tem 10 residências de charme, no coração das mais bonitas regiões turísticas francesas. Em comum, além das mais bonitas paisagens francesas, os hotéis têm serviços com ótima qualidade e uma preservação histórica, arquitetônica e cultural.



Reservamos o hotel pela internet e quando chegamos lá, puxa, não deu para acreditar, era um castelo!


No Chateau D’Isenbourg, nos sentimos no castelo de um povoado medieval. Numa época longínqua, com uvas ao redor e o vinho da própria propriedade.




Por isso mesmo, eu estava ansiosa pelo primeiro jantar no restaurante do hotel. Escolhemos um dos menus e, em seguida, começaram a desfilar pequenos e saborosos pratos feitos com ingredientes do lugar.

O primeiro prato foi esse copinho aí, com camarão e saladinhas. Uma verdadeira delícia.


Em seguida, uma sopa fria incrível de aspargos com um salmão defumado que era puro sabor.


Então, chegou a hora do vinho: escolhemos o típico vinho da Alsácia, o Riesling. Da casa, claro, que queríamos sentir o terroir daquele lugar, que possuía mais de 5 hectares de vinhedos.
Historicamente, a uva Riesling é melhor produzida na Alemanha, mas a região da Alsácia, na França, onde estávamos, é a segunda melhor produtora.
O aroma do branco riesling Chateau Isenbourg era de flores brancas. Na boca, ficou aquele sabor de melão, com notas florais, que o aroma tinha prometido. Um espetáculo.


Para o menu, com pratos principais de carne vermelha, até seria mais indicado um vinho tinto, mas a região era de brancos e ignoramos a etiqueta. Gosto de sentir o sabor do lugar, da terra. Para mim, essa é a melhor harmonização.


No próximo prato, filé com creme de parmesão e, em seguida, vitela com  presunto de Parma, ervilhas (acho fofo chamar de petits pois), com nhoque.


Quando parecia que nem a sobremesa eu conseguiria provar, encaro um prato cheio de queijos, desde os mais frescos até os envelhecidos lindamente.
Os franceses costumam comer queijos entre a refeição e a sobremesa. Sem noção da coisa, achei que a tábua era apenas uma para a mesa e não individual e pedi vários queijos duplos, como o Brie e o Cammembert. Imagina a minha cara quando o garçom retira outra tábua e pede para o meu marido escolher seus queijos! Aqui você pode ver a minha só minha pequena tábua.


Finalmente, provando que meu estômago estava em modo elástico, ainda provei e adorei a sobremesa: sorvete, mousse de côco e ruibarbo cristalizado!


Voltamos para o quarto no castelo. E dormimos, satisfeitos, assim, com o rei na barriga.

CHÂTEAU D'ISENBOURG
68250 Rouffach, Alsace-Lorraine. France
Tel: 
+33 (0) 3 8978 5850

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