Primeiras Rolhas

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Conversas cruzadas no Valle Rustico

Estávamos degustando um vinho Sauvignon Blanc da Casa Valduga no Valle Rustico, enquanto o chef Rodrigo contava a história do adorável restaurante que fica no Vale dos Vinhedos, para a família da mesa ao lado. O casal e as duas crianças, que pediram o menu de pizzas, ouviam com atenção. E a gente também.



Rodrigo contou que a propriedade estava na família há um bom tempo. Como ele gostava de reunir os amigos e servir pizzas que ele mesmo criava, recebeu muito estímulo para ter o seu restaurante. Rodrigo apostou nessa ideia. Foi aí que decidiu transformar a antiga casa da família no restaurante.

O Valle Rustico fica exatamente no porão dessa casa, numa propriedade um pouco afastada no Valle dos Vinhedos. Para entrar no restaurante, você passa por um caminho contornado pela horta do chef, com temperos aromáticos e vegetais fresquinhos. Um capricho.



O lugar é muito bonito, cheio de árvores e tem mesas que vêm acompanhas de pôr-do-sol perfeito para um happy hour com pizza de alecrim e espumante do Vale dos Vinhedos.

Para o jantar, provamos o menu de primavera do chef, com três opções de cada prato. Ele mesmo traz os pratos à mesa e conversa, gentilmente, com seus clientes. Assim, como ele estava fazendo naquele momento. Um  lugar perfeito para degustar com calma deliciosos pratos e queridas histórias.




Valle Rustico
Estm. Linha Marcílio Dias, s/n
15 da Graciema - Vale dos Vinhedos
Bento Gonçalves



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Marcadores: Bento Gonçalves, Casa Valduga, Sauvignon Blanc, Vale dos Vinhedos, Valle Rustico

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Trocando as bolinhas

Nossas degustações começaram antes de entrarmos propriamente no Vale dos Vinhedos. Ainda na rodovia, já se vê a entrada da Chandon. Quero confessar que nunca achei que realmente fosse uma espécie de filial da Moet et Chandon no Brasil. Pois realmente é. A Chandon brasileira está aqui há quase 40 anos. E é diretamente ligada à França. Como eu não achei que fosse.



Por isso é que essa entrada sempre passou despercebida. Mas tudo mudou em maio, quando fomos à França e na visita à Moet et Chandon, alguém pergunta se existe relação entre as duas e a resposta é sim. Eu olhei fixamente para o guia francês que falava português com sotaque francês e baiano (!) sem acreditar.



Então, é sim, sim, sim. A Chandon daqui nasceu na França. E hoje é a líder nos espumantes naturais de luxo no país.



Resolvemos, então, provar a versão brasileira da Chandon. Degustamos desde as mais vendidas até o top da linha, o Excellence, que é realmente é sensacional.



Evidentemente que a bebida de Epernay tem mais bolhinhas finas e miúdas. Essa perlage se mantém na sua taça até o final da champagne, o que não acontece com o espumante, mas ele tem muito estilo e é uma opção interessante, com sotaque (e terroir) brazuca, para nosso orgulho.





Vinícola Chandon
RSC 470 km 224
entre Garibaldi e Bento Gonçalves - RS
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Marcadores: Bento Gonçalves, Champagne, Chandon, Espumante, Vale dos Vinhedos

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Apostando no vencedor

Existe uma técnica muito usada para quem quer acertar algo da primeira vez: provar o que já foi aprovado. Ou seja, seguir a unanimidade. É como conhecer um autor pelo seu melhor livro, um chef pela sua especialidade ou uma pizzaria pelas suas pizzas mais pedidas. Nem sempre dá certo, mas se você quer arriscar pouco, pode ir por esse caminho.

No caminho principal do Vale dos Vinhedos, está a pequena e charmosa Vallontano. A vinícola produz poucas mil garrafas de cada safra, mas a produção é bastante elogiada.


Como a vinícola fica fechada nos finais de semana, a degustação acontece no bistrô que fica em frente, que tem vista para alguns vinhedos. Um lugar muito fofo, que tem comidinhas também.

A nossa degustação foi rápida, já que foi pedido que escolhêssemos os vinhos. A escolha foi clássica: um Chardonnay e um Merlot, as cepas emblemáticas do Vale dos Vinhedos.


Os vinhos provados são jovens e não passam por barris de madeira. Achamos bastante ácidos.
Porém, nessa hora, nada de decepção. Apostando no expertise do querido Vale dos Vinhedos, fizemos um pedido para provar o consagrado: pedimos para provar o espumante Moscatel Vallontano. Ah, agora, sim. Fantástico.



Então, fica a dica: se você fizer uma degustação no Vale dos Vinhedos e, eventualmente, os vinhos não fecharem com o que você espera, troque a taça e faça um brinde delicioso com um espumante Moscatel.

Vallontano Vinhos Nobres
Rod RS 444, km 16
Vale dos Vinhedos
Bento Gonçalves RS

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Marcadores: Bento Gonçalves, Chardonnay, Merlot, Moscatel, Vale dos Vinhedos, Vinhos Vallotano

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Adoramos Mamma Gema. Sem reservas.

Nas ocasiões em que li sobre a Trattoria Mamma Gema, em Bento Gonçalves, o que mais me chamava a atenção era que todo mundo comentava que era necessário reservar. O Mamma Gema fica bem ali na entrada do hotel Villa Michelon, no meio do Vale dos Vinhedos.



Então, pensamos em provar a comida do Mamma Gema e acabamos não reservando, porque estava aguardando a confirmação da reserva no Valle Rustico.

Bem, nós chegamos em Bento loucos de fome. E fomos direto para Mamma Gema, já achando que só  conseguiríamos lugar com reserva. Mas, vai que tem uma mesinha, né? E tinha, gente. O rodízio de 6 massas e duas carnes é sensacional. Repeti o tortei de tomates secos com castanha e amei a massa com nozes.


O galeto com ervas também ficou com uma pontuação alta. Para finalizar, dava para escolher entre brigadeiro de colher ou sorvete com vinho. Para tentar esconder a minha decepção da falta do sagu (pensa numa pessoa doida por sagu de vinho), me decidi pelo sorvete. Estava gostoso, mas, não era sagu.



Amamos o almoço e o lugar, que, para completar, tem lavandinhas na janela e nas mesas. No domingo, antes de voltarmos, fomos novamente lá, sem reservar. Que sorte! Conseguimos a mesma mesinha, na janela. 


O proprietário nos reconheceu e deu boas vindas de novo, comi as massas que mais gostei, o franguinho com ervas, evidentemente repeti o tortei de tomates secos com castanha umas 3 vezes. Mas, na sobremesa, como não tinha sagu, pedi brigadeiro de colher. Mas, olha, foi  só para protestar.

Mamma Gema Trattoria 
RS 444, Km 18,9 - Estrada do Vinho
Vale dos Vinhedos
junto ao Hotel Villa Michelon
Bento Gonçalves - RS



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Marcadores: Bento Gonçalves, Mamma Gema, Vale dos Vinhedos

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Desgostação na Almaúnica

Almaúnica é uma construção nova, com cara de vinícola de Mendoza (ou até do Chile) no meio do Vale dos Vinhedos. Fachada bonita, bem moderna mesmo.
O caminho que leva até a vinícola é muito lindo, com vinhedos e ciprestes. A cereja do bolo são as lavandas na fachada, o que garante um montão de pontos extras, porque adoro lavandas.

Por isso, aos 40 minutos do segundo tempo, entramos na Vinícola Almaúnica. Umas dez pessoas estavam degustando, super animadas. O que pareciam ser os proprietários (ouvimos falar que são irmã e irmão gêmeos) estavam atendendo, servindo os copos e dando explicações.

Aguardamos que alguém também nos atendesse, olhando as garrafas. Depois de algum tempo...adivinha? Ninguém sequer olhou.
Acredito que seria muito mais elegante dar boa tarde e explicar que as degustações haviam se encerrado, convidando para retornar outro dia. Mas isso não aconteceu. Foi como se a gente tivesse ficado invisível. Bacana.


Então, depois de sermos solenemente ignorados na Almaúnica, percorremos o caminho de volta, apreciando os vinhedos e as lavandas que foram quem realmente nos recebeu bem lá.

(Vale ressaltar para quem não conhece o Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves: por favor, não julgue as demais vinícolas por essa experiência. O Vale dos Vinhedos é, de um modo geral, um ótimo anfitrião. Posso garantir!)
Postado às 22:41 0 comentários
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Marcadores: Bento Gonçalves, Vale dos Vinhedos, Vinícola Almaúnica

domingo, 18 de novembro de 2012

Atualização de status: organizando a adega!




Chegamos de Bento Gonçalves cheios de vinhos, espumantes e novidades. A nova safra 2012 já está pronta e é deliciosa. Um ano realmente incrível para as uvas do Vale dos Vinhedos. Tim-tim!





E mais motivos para brindes por aqui: também já estão sendo comercializados os vinhos com D.O. do Vale dos Vinhedos. Uma conquista de gente grande para essa região produtora do Rio Grande do Sul. Que orgulho.



Em breve, postarei todas as degustações por aqui. Enquanto isso, aqui vão as imagens do final de semana onde os vinhedos estão verdes, com cachos, prometendo vinhos ainda melhores para a próxima safra. Boa semana!




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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Registros incompletos de Riquewihr


Enquanto aguardamos a degustação desse final de semana, continuo a jornada pela França, na região da Alsácia.


O bacana da sua rota de vinhos são as vilazinhas. Pequenas e lindas. A mais bonita delas se chama Riquewihr.



Riquewihr é uma das mais badaladas. É charmosa demais. Com certeza, o pior lugar...para acabar a bateria da nossa câmera.



Você entra pela cidade por um porta medieval e vai descendo a rua, cheia de lojinhas charmosas e sendo inebriado por um delicioso cheirinho de baunilha com manteiga. Eu enlouqueci com aquele cheiro e até esqueci o produtor de vinhos que queríamos visitar. Levitei até uma banquinha onde compramos os biscoitos incríveis daquele pequeno lugar da Alsácia. Tinham acabado de sair do forno.
Mas não tem fotos, infelizmente.

Subimos a rua com o pacote já pela metade e chuviscos na cabeça. Nada mais importava, a não ser chegar ao fim do pacote.
Missão cumprida. Chegamos a um abrigo para nos localizarmos e comprar o melhor grand cru Schoenenbourg de toda Alsácia, o vinho produzido  por Fréderic Engel & Fils.



A nossa surpresa foi olhar para o lado e uma plaquinha muito pequena e simples ter o nome desse conceituado produtor. Claro que não temos o registro dessa plaquinha também.
Bati na porta antiga e fui prontamente atendida por alguém que parecia ser o produtor ou filho dele. Pedi duas garrafas do grand cru, sem provar. O vinho tem o melhor custo benefício da região, segundo os especialistas, e quem sou eu para duvidar?

Agora ele está aqui, na nossa adega. Pronto para um dia de verão, quando quisermos ter mais lembranças desse lugar incrível que ficou muito bem registrado... na nossa memória.

Fréderic Engel & Fils
36 rue de La Première Armée (entrando pelo portão de cima, bem na entrada, à direita)
Riquewihr Alsace France

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Marcadores: Alsácia, França, Grand Cru, Riesling, Riquewihr

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Wine tasting is coming!

Estamos programando uma degustação especial para o final de semana.
Hoje ainda é quinta, mas o finde logo, logo vem aí. E a nossa degustação também. Oba!
Bom feriadinho para você!


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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Voar com o vento


Quando eu era criança, era muito, muito magrinha. Depois de muitas consultas em tudo que é tipo de médico, em viagens aos especialistas das maiores cidades do Rio Grande do Sul, chegou-se a um incrível diagnóstico de que isso era normal. Eu só era magrinha e isso não era uma doença. Ponto.
Mesmo assim, passei a infância tomando estimuladores de apetite e poções com leite condensado e ovo de codorna, o que pode explicar um pouco a minha loucura por leite condensado, se é que gostar de leite condensado precisa de alguma explicação, não é?
Bem, tudo nisso é só para chegar nessa pequena história: eu tinha cerca de três anos e ameaçava chover. Minha mãe correu para fora, para retirar as roupas da cerca, estava naquelas cercas de arame farpado, bem antigas. Eu corri junto, para ajudar. Lembro que ventava muito, ainda mais que a cerca era ao lado do corredor por onde passava o nosso carro. Me aproximei do local, a ventania aumentou e, de repente, o vento me levou para o chão.
O episódio rendeu muita risada e durante anos, para descrever a magreza infantil, diziam que eu era tão magra que fui levada pelo vento.

Corta para dois de novembro de dois mil e doze. Faz sol. Sem vento nenhum. Mas mesmo sendo um dia lindo, hoje é Finados e é inevitável pensar na morte, até mesmo falar sobre isso, lembrar das pessoas queridas que já foram, visitar os cemitérios.
Depois da nossa ronda em volta dos túmulos, não penso em lápides concretas e pesadas. Penso em cinzas. Dessas muitas cinzas que caem bem devagar, degustando ao máximo a lei da gravidade.
Ser levada pelo vento foi leve, uma boa sensação.




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Sabe uma pessoa que você lembra e sorri? Eu lembro sorrindo do meu avô, Otto. A sua doce lembrança arranca muita ternura de mim. Ele e a vó moravam em um lugar quase mágico para uma criança pequena, cercado de árvores e parreirais. Das uvas simples, ele fazia suco e o vinho dele. Simples também. O vô nos levava para ver as uvas, as galinhas, os outros animais. E, quando a gente voltava do passeio comia o mel no favo. Comia uva. E o vô tomava seu vinho. Puxa, ele era tão feliz. Apesar de às vezes a vó testar a sua infinita paciência com bastante dedicação. Ele continuava feliz, não ligava. E fazia a gente feliz, enquanto tomava um pouco do seu vinho. Com cheirinho de uvas, dos doces parreiras. Meu vô era de uma safra especial, eu sei. Eu sou uma publicitária gaúcha que procura conhecer essa bebida inspiradora. E neta do Otto. Esse homem inspirador.
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