domingo, 9 de junho de 2013

Blusão reservado


Tirei do armário o blusão bordô e não tive dúvidas: a noite de ontem pedia um vinho tinto. E já tinha definido que não seria qualquer um, mas um carmenére da gema: um legítimo chileno, claro. 
Adoro o terroir do Vale do Colchagua, um lugar querido de vinícolas chilenas e francesas também, que fica no meio desse vale, que um dia não tão distante já abrigou tribos indígenas.
Entramos no restaurante e fomos para a nossa mesa favorita. Acompanhei o garçom e fui escolher o vinho. Estavam alinhadinhos ali todos os exemplares carmenére. Passei os olhos pela Casa Lapostolle, pela Montes e Santa Helena. Quando vi Caliterra, estendi a mão e entreguei ao garçom. Ele confirmou: um grande vinho.


Aberta a garrafa e mostrada a rolha, colocado o líquido na taça e provado, todo ritual feito, como deve ser, o Caliterra mostrou-se.  Uma beleza de tinto aromático de frutas vermelhas,  com corpo mediano e uma delicada acidez que valorizou o terroir.
Certamente, mais uma vinícola para se visitar no Chile. Um convite para vestir novamente o pullover bordô e subir a Cordilheira gelada para se aquecer com tintos do Colchagua.

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