segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Panarea, abençoada pelos deuses

Tomamos o bom café do hotel em Milazzo, Sicília, na Itália, deixamos as malas no carro, levando apenas uma mochila nas costas e pegamos nosso barco para a ilha de Panarea.

A viagem dura uma hora e meia e passa por Vulcano e Lipari, dependendo do trajeto. Tivemos que pegar outro barco em Lipari. Fique atento, porque nem sempre avisam onde param e, quando é sinalizado, é no grito mesmo.

Chegamos em Panarea e tinha um veículo do hotel para pegar as bagagens. Ele não acreditou na nossa mochila tão pequena.



Panarea é uma das ilhas Eólicas, ou seja, as ilhas de Éolo, o Deus do Vento. Palavra que também denomina a energia obtida com a força do vento, a energia eólica.
É muito forte essa ligação da Sicília com os deuses gregos e toda a sua mitologia. O povo dali acredita que os deuses mitológicos como Deméter, Perséfone, Vulcano, Aretusa e Apolo, realmente viveram lá. Esse é mais dos motivos para que você caia de amores pela Sicília.
Em Panarea, com aquelas casinhas brancas no morro, dava para se sentir na própria Grécia.




Não perdemos tempo: logo nos acomodamos no hotel e fomos almoçar no Da Francesco, de frente para o porto. Comida bem caseira, simples e deliciosa. Pedimos polpettine de berinjela de entrada, diferente, macia, quase uma pasta com casquinha crocante por fora. Também pedimos flores de abobrinha fritas. Depois, comi uma massa ao pesto com pedacinhos de abobrinha e frutos do mar, que se chama Pasta Panarea. O lugar é super barato e delicioso.



Da Francesco
Via San Pietro (em frente ao porto, vai subindo escadinhas, passando por pátios e seguindo as plaquinhas, que você acha)
http://www.dafrancescopanarea.com

À tarde, exploramos a ilha e provamos a granita, um sorvete simples, que é feito derramando sabores como café, limão e leite de amêndoas sobre o gelo granulado. A granita de amêndoas é ótima e combinou com o calor de 40 graus.

O hotel era bom, mas acho que todos os hotéis de Panarea são bons e bonitos (e só funcionam 4 meses por ano). Naquele lugar, com aquela vista, acho difícil que tenha algum hotel ruim. O valor da diária era bem honesta e ficamos super satisfeitos.




Para o jantar, fomos ao restaurante Hycesia. O único erro gastronômico da viagem. Confesso que me encantei com o nome do restaurante, que é o antigo nome da ilha de Panarea e com a verdadeira bíblia que era a sua carta de vinhos. Mas, dessa vez, nos enganamos.





Não podemos reclamar da entrada (uma versão chique e deliciosa do polpettine) e do vinho (que era um Maria Constanza, um branco delicioso da região de Agrigento), nem do divino Arancini, que é uma bola de arroz de açafrão com ragu de tomate (ou carne ou queijo), empanada e frita e que leva esse nome porque se assemelha a uma laranja. Mas os pratos principais decepcionaram demais. O meu pedido foi um ragu comum demais e parecia ter sido feito com molho pronto. Pronto, falei.








Hycesia
Via San Pietro - Panarea
Para jantar em Panarea, talvez aconselhássemos o restaurante Broccia, que é parte do Hotel Quartara, na mesma rua. Ficamos em dúvida entre os dois e, bem, perdemos a aposta. Boa sorte para você.

Broccia
Via San Pietro (também na Via San Pietro. É quase tudo nessa rua mesmo, hehehe) - Panarea

Noite no Best Western Hotel Lisca Bianca
Endereço: Via Lani 1 Panarea 98050



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Primeiras rolhas sicilianas

Dormimos nossa primeira noite sob a incrível lua da Sicília, Itália. Saímos cedinho de Palermo para Milazzo. Mas antes passamos em Bagheria, onde foi filmada uma parte do Poderoso Chefão. Lá conhecemos a morada do príncipe da Palagônia. Um lugar que Goethe descreveu como sendo parte de uma arquitetura meio doida, em parte pelas inusitadas estátuas nos telhados.



No mesmo dia, fomos conhecer Corleone (onde descobrimos que a cidade só batizou o personagem principal de O Poderoso Chefão e não tem maiores atrações).
Antes de irmos ao nosso destino, Milazzo, ainda passamos em Cefalu, que é uma charmosa cidade litorânea na Sicília. Sua igreja é herança árabe e suas lojinhas de artesanato são muito bacanas.





Chegamos à tardinha em Milazzo. Para uma cidade portuária, é limpinha e bem bonitinha mesmo. O hotel é charmoso e tem vista para o porto.



Jantamos no Ristorante Piccolo Casale, da chef Gaetana Marzini. Provei uma massa fresca com frutos do mar e o Du comeu Taglia de Tonno, um prato frio típico da Sicília, que é feito com finas camadas de atum defumado, com azeite de oliva e um pouco de pão bem crocante.







No Piccolo Casale, fizemos uma deliciosa degustação de vinho a apenas 15 euros. São três taças: Chardonnay (o mais incrível que já tomamos, superando os chilenos e me fazendo esquecer a implicância com essa uva), Nero D`Avola (que é a uva tinta emblemática da Sicília) e, por último, Inzolia.









A Inzolia é uma uva branca, com aroma de amêndoas (ou nozes), um pouco frutado, que nos lembrou a Viognier francesa. Essa afirmação só fez o chef Franco balançar a cabeça. Para o povo da Sicília, claro que a uva siciliana (ou tchitchiliana, como os italianos dizem) é a melhor. E, por menos que eu entenda de vinho, eu realmente preciso concordar.

Piccolo Casale
Via R.D`Amico, 12
www.piccolocasale.it


Hotel Cassisi Milazzo
Endereço: Via Cassisi 5
Milazzo 98057 It



segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Sicília, no céu



Conhecer a Sicília, na Itália, virou nosso sonho tão rápido quanto virou realidade. Por isso, não deu para acreditar que já estávamos chegando na ilha da pontinha da bota, onde moraram todos os deuses gregos, aqueles seres mitológicos com histórias incríveis.

Quando pousamos em Palermo, mesmo já tendo anoitecido, vimos que o lugar era lindo. A baía estava iluminada de pontinhos amarelos e podíamos ver morros em volta. A lua cheia era imensa mesmo, linda demais. Aliás, durante todas as noites da viagem, achei que a lua ficava mais perto do chão da Sicília do que em outros lugares. Pode ser até que eu estivesse embriagada pelo clima do lugar (ou pelos seus vinhos mesmo).
Pegamos o carro ali mesmo no aeroporto. Uma van leva a um estacionamento com várias empresas de aluguel. Havíamos deixado o veículo já reservado, através de uma agência de turismo. Então, fomos até a Avis e retiramos nosso carro, para ir ao hotel. Levamos dois GPS com mapas diferentes e já havíamos salvo ali nossos hotéis e destinos. Levamos também os mapas impressos e o roteiro que criamos, com os pontos que gostaríamos de visitar.

O mais bonito e turístico em Palermo são os mosaicos da Catedral Monreale (a alguns quilômetros ao sul de Palermo) e o Palazzo dei Normanni, que abriga o parlamento siciliano, e é uma maravilhosa mostra da arquitetura dos tempos normandos. Dizem que os mosaicos ficam num bairro meio barra pesada. Nós não visitamos. Chegamos à noite, bastante tarde, e decidimos descansar para nos preparar para o que você vai ler nos próximos posts.




Em tempo: antes de conhecer a Sicília, fizemos uma imersão: reli “Um certo verão na Sicília”, de Marlena Di Blase, e assistimos a uma maratona de O Poderoso Chefão , de Coppola.

Noite no Palermo Hotel Mercure Centro (Hoteis.com)
Endereço: Via Stabile Mariano 112
Palermo 90139